O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 9ª Promotoria de Justiça de Juiz de Fora, ofereceu denúncia à Justiça nesta segunda-feira, 14 de abril, contra dez pessoas acusadas de envolvimento na morte violenta do caminhoneiro Sebastião Felipe Ladeira, de 37 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 23 de março, após uma discussão dentro da boate Madeira's Lounge Bar.
De acordo com o MPMG, seis dos denunciados participaram ativamente das agressões físicas e do homicídio, enquanto os outros quatro, que tinham responsabilidade legal sobre o estabelecimento, foram denunciados por omissão imprópria, por não impedirem o crime nem prestarem socorro à vítima, apesar de estarem presentes no momento dos factos.
Segundo as investigações, Sebastião tentou fugir do local após o desentendimento com um dos denunciados, mas foi perseguido por cerca de 500 metros. Dois dos agressores tentaram colocá-lo à força no porta-malas de um carro, sem sucesso. Em seguida, o caminhoneiro foi brutalmente espancado com socos e pontapés, e mesmo já caído no chão, continuou a ser agredido. Outros denunciados chegaram posteriormente e retomaram as agressões, até que um deles, ao volante de uma caminhonete, atropelou Sebastião, que já estava inconsciente.
Todos os envolvidos abandonaram o local sem prestar socorro. Alguns ainda regressaram à boate como se nada tivesse ocorrido. O laudo de necropsia apontou traumatismo cranioencefálico contuso como causa da morte.
O MPMG afirma que o homicídio foi cometido por motivo fútil, com extrema crueldade e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A Promotoria também solicitou que os réus sejam citados formalmente para responder à ação penal, conforme o Código de Processo Penal, e requer que o Conselho de Sentença os julgue e condene.
Além disso, foi pedido o pagamento de indenização mínima de R$ 300 mil aos familiares de Sebastião Felipe Ladeira, sendo R$ 30 mil por réu, pelos danos morais e materiais causados.
O caso, que gerou indignação e comoção em Juiz de Fora e em todo o estado, segue agora para apreciação da Justiça, podendo resultar em penas de até 30 anos de prisão para os envolvidos.
Publicado por Alex Gomes da Redação do Notícias Rio Pomba e Região